Recentemente, o Banco Central divulgou as mais recentes Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil, trazendo um panorama abrangente sobre como os brasileiros estão utilizando diferentes formas de pagamento. Hospedados no Portal de Dados Abertos, os dados oferecem informações detalhadas – exceto sobre o uso de dinheiro em espécie, que permanece fora do levantamento oficial.
Entre os destaques mencionados, o Pix se consolidou como o grande protagonista do cenário financeiro nacional. Em 2024, ele apresentou um crescimento de 52% no volume de transações, representando 47% do total de pagamentos (sem contar os realizados com dinheiro em espécie) no último trimestre daquele ano. Desde sua criação, o Pix demonstrou ser uma solução acessível, eficiente e amplamente adotada pelos brasileiros para pagamentos instantâneos.
Além disso, os cartões de crédito, débito e pré-pagos continuam desempenhando um papel de destaque entre os consumidores do país. O número de transações realizadas com cartões teve um crescimento médio de aproximadamente 9,8%, com destaque para os cartões de crédito (+11%) e pré-pagos (+19,2%). Ao final de 2024, já havia 235 milhões de cartões de crédito ativos no Brasil, um aumento de quase 14% em relação ao ano anterior. Curiosamente, o número de cartões de débito ativos sofreu uma retração de 5%, sinalizando algumas mudanças nos hábitos de pagamento dos brasileiros.
O celular como canal primário de pagamentos
Conforme as estatísticas, o telefone celular se destacou como o canal mais utilizado para transações de pagamento, sendo responsável por 58,9 bilhões de operações no ano de 2024, um incremento de 18,4 bilhões em relação a 2023. A praticidade dos aplicativos bancários e plataformas de pagamento digital, aliada ao aumento no acesso à internet, justificam o protagonismo do celular. Em segundo lugar, o internet banking seguiu como um meio estratégico, alcançando 7,3 bilhões de operações – um salto de 24% em relação ao ano anterior.
Mesmo diante da migração para canais digitais, os meios tradicionais de pagamento, como agências, terminais de autoatendimento e correspondentes bancários, ainda permanecem relevantes. Essas operações representaram 45% do total transacionado em 2024, mostrando um equilíbrio entre os avanços tecnológicos e a dependência parcial de serviços presenciais em algumas localidades.
Perfis diferentes de pagamento
Interessantemente, enquanto o mercado doméstico se adapta e moderniza seus pagamentos em reais, há perfis específicos de consumidores que preferem realizar operações financeiras utilizando moedas internacionais, como o dólar. Esses usuários, muitas vezes adeptos de plataformas globais de jogos e apostas, optam por efetuar transações em dólares para evitar flutuações cambiais ou taxas de conversão. Para isso, o uso de carteiras digitais, que permitem realizar o câmbio de forma ágil e segura, tem se consolidado como uma solução prática. Essa tendência é destacada pelo portal Melhores-Casinos.com, que tem acesso em conteúdos como a aposta de cassino em dólar, onde a escolha da moeda pode influenciar a experiência do usuário em plataformas internacionais de entretenimento.
Outras tendências e mudanças no cenário de pagamentos
A análise do Banco Central também destacou o declínio do uso de cheques no Brasil, com uma redução de 19,7% na quantidade de transações em 2024. Ainda assim, o cheque permanece relevante para operações de maior valor, apresentando um ticket médio impressionante de R$ 4.517 por transação no final daquele ano.
Além disso, o crescimento das informações disponibilizadas pelo Portal de Dados Abertos do BC foi ressaltado pelos especialistas como um marco para a transparência e o acesso a dados públicos. Segundo Clayson de Souza, coordenador do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro (Decem), o portal possibilita a extração e integração automatizada de informações, beneficiando tanto empresas quanto pesquisadores e outros interessados.
A conclusão que se tira é que, embora o Brasil tenha experimentado uma explosão no uso de tecnologias digitais e instrumentos de pagamento modernos, como Pix e carteiras digitais, os meios tradicionais ainda possuem um volume significativo de operações. Com a contínua modernização e mais dados acessíveis, o futuro dos pagamentos no país promete ainda mais inovações e adaptações ao comportamento dos consumidores.