ACSP: Confiança do consumidor paulista volta ao campo pessimista

Com queda no ICCP e estabilidade no ICCSP, maio reforça cenário de cautela entre consumidores diante da inflação e insegurança no emprego

Foto: Arquivo

São Paulo, 30 de maio de 2025 – O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) pela PiniOn, alcançou, 99 pontos em maio, registrando uma queda de 1,0%, em relação a abril, e um recuo de 2,0% na comparação com o mesmo mês de 2024.

O resultado mensal leva o ICCP de volta ao campo pessimista (abaixo de 100 pontos) e representa a terceira queda ao longo do ano.

No recorte por classes socioeconômicas, o ICCP continuou apresentando resultados mistos, com aumento de confiança entre as famílias das classes DE e redução para aquelas das classes AB e C.

Houve piora na percepção das famílias em relação à sua situação financeira atual, com destaque para a diminuição na segurança no emprego e, em menor medida, das expectativas futuras em relação à renda e ao mercado de trabalho.

A queda na confiança dos consumidores paulistas resultou em menor propensão à compra de itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, como geladeira e fogão. Também foi registrada uma diminuição na intenção de investir para o futuro.

Cidade de São Paulo

Por sua vez, o Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 91 pontos em maio, mantendo-se estável em relação a abril e apresentando recuo interanual de -2,2%. O resultado de maio mantém o ICCSP no campo pessimista (abaixo de 100 pontos).

Com relação à evolução da confiança dos consumidores da cidade de São Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, os resultados também foram mistos: houve redução na confiança entre as famílias pertencentes às classes AB e DE, enquanto aumento da confiança entre as famílias da classe C.

Observou-se piora na percepção sobre a situação atual, especialmente em relação à segurança no emprego.

As expectativas futuras de emprego e renda também se deterioraram, embora de forma menos intensa. Como consequência, a maioria dos entrevistados demonstrou menor interesse em adquirir itens de maior valor e bens duráveis, além de uma queda na disposição para investir.

Para o economista do IEGV/ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, em maio, em termos mensais, o ICCP e o ICCSP apresentaram, respectivamente, queda e estabilidade, embora ambos permaneçam no campo pessimista e continuem em trajetória de queda em termos interanuais.

“Apesar de o Estado e a Cidade de São Paulo serem os maiores geradores de empregos formais, a aceleração da inflação, em um contexto de elevado grau de endividamento das famílias e juros altos, continua a deixar os consumidores paulistas e paulistanos cautelosos na hora de comprar, mantendo os índices no campo pessimista”, completa Ruiz de Gamboa.

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