
Depois da recente comoção causada por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, que provocaram mortes no Paraná, uma nova preocupação sanitária surge: a adulteração de leite em municípios do interior de São Paulo. A operação, batizada de Lac Purum, revelou práticas criminosas envolvendo a manipulação indevida do alimento.
A ação foi conduzida em conjunto pela Polícia Militar Ambiental, a Defesa Agropecuária da região de Campinas e o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) de Assis. Os alvos estavam localizados nas cidades de Assis, Oscar Bressane, Platina e Lutécia, após denúncias indicarem o uso de substâncias químicas no leite com a intenção de alterar sua composição e mascarar problemas de qualidade.
Durante a operação, dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em propriedades rurais. Em uma fazenda localizada em Platina, cerca de 200 litros de leite foram recolhidos e encaminhados para análise em laboratório.
Além da fraude no leite, a operação encontrou irregularidades graves. Cinco armas de fogo foram apreendidas, incluindo uma espingarda cartucheira com cinturão e munições intactas. Duas pessoas acabaram presas por envolvimento direto nas práticas ilícitas relacionadas à produção e adulteração do leite.
Outras infrações também foram identificadas:
- Irregularidades no manejo de animais
- Transporte e movimentação inadequada de gado
- Danos ao meio ambiente, como degradação de áreas de vegetação nativa
As autoridades destacam que a adulteração de alimentos é um crime grave, que coloca em risco direto a saúde da população. “Não vamos tolerar práticas que comprometam a segurança alimentar e o bem-estar do consumidor”, afirmaram representantes da operação.
A recomendação é para que a população redobre os cuidados com a procedência dos alimentos que consome e denuncie qualquer atividade suspeita às autoridades competentes.
João Maria Vicente, com informações do Boca no Trombone