Brasileiros buscam procedimentos estéticos não radicais

O novo perfil consumidor não quer mais transformações abruptas

11/03/2025 às 07h30

Por: Max Gonçalves – FOTO – Pixabay

O mercado da estética está aquecido e tem passado por uma transformação significativa nos últimos anos, impulsionado pelo desejo crescente por técnicas menos invasivas e resultados mais naturais.

Entre os procedimentos que mais se destacaram em 2024, os chamados bioestimuladores ganharam protagonismo nos consultórios e também nas escolhas dos pacientes.

Os bioestimuladores são substâncias que induzem a produção de colágeno pelo próprio organismo. Ao contrário do ácido hialurônico, que preenche diretamente os sulcos da pele, essas substâncias melhoram a firmeza e a sustentação facial de maneira gradual e com ótima qualidade de resultados.

A biomédica e especialista em estética, Melissa Brum, explica que esses produtos, diferentemente dos preenchimentos tradicionais com ácido hialurônico, não apenas restauram volume, mas estimulam a produção de colágeno, promovendo uma regeneração da pele a longo prazo, sem o efeito de rostos inchados que muitas pessoas temem.

A especialista explica que os primeiros sinais de melhora aparecem em cerca de 30 dias, mas o resultado completo pode levar até seis meses, pois depende da resposta biológica de cada paciente.

O novo perfil consumidor não quer mais transformações abruptas, mas um rejuvenescimento mais discreto e progressivo.

Relatórios do setor apontam que a busca por esses procedimentos cresceu especialmente entre pessoas a partir dos 35 anos de idade.

O Brasil segue entre os países que mais realizam procedimentos estéticos no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

O crescimento da biomedicina estética tem sido um fator determinante nesse avanço, unindo ciência e tecnologia para oferecer tratamentos cada vez mais eficazes e seguros.

Um estudo da Grand View Research apontou que o mercado global de estética faturou US$ 127 bilhões em 2023, com projeção de crescimento anual de cerca de 15% até 2030.

Reportagem, Max Gonçalves