Câmara de Três Lagoas-MS realiza seminário para conscientização acerca do aneurisma cerebral

Câmara de Três Lagoas-MS realiza seminário para conscientização acerca do aneurisma cerebral

Câmara de Três Lagoas-MS realiza seminário para conscientização acerca do aneurisma cerebral

Neurologista do Hospital Regional explicou sintomas, tratamentos e fatores de risco

Quais são os principais sintomas de um aneurisma cerebral? Como reagir o mais rápido possível para buscar a redução dos danos? Quais os tratamentos preconizados? A rede pública está preparada para atender os pacientes neste estado?
Em seminário realizado na noite desta quarta-feira (3), na Câmara de Vereadores de Três Lagoas, por propositura da vereadora Sirlene dos Santos, o médico neurologista Bruno Gonzales Miniello, do Hospital Regional, proferiu palestra respondendo às principais perguntas sobre o tema.
Segundo ele, o aneurisma é um acidente vascular cerebral (AVC), que se caracteriza pela dilatação na parede da veia, criando uma espécie de bolha, que pode se romper, promovendo o derrame de sangue no cérebro. “A preocupação é que uma, em cada quatro pessoas, terão um AVC, em algum momento da vida”, destacou.
O médico informou que, dificilmente são sentidos sintomas anteriores. No entanto, o sinal de maior alerta é uma forte e súbita dor de cabeça, como se fosse a rajada de um trovão. Isso ocorre quando o aneurisma se rompe ou está prestes a se romper.
Outros sintomas são sensibilidade ou paralisia de um lado do corpo, visão dobrada, fala enrolada e formigamento. Diante destes sinais, ele recomenda a busca por atendimento médico o mais rápido possível, incluindo acionamento do Samu, que fará o encaminhamento para local de atendimento adequado. No caso de Três Lagoas, seriam os hospitais locais e, posteriormente, Campo Grande. “Não deixe para o dia seguinte”, recomendou.
De acordo com o médico, quanto mais rápido for a investigação e diagnóstico, maiores as chances de intervenção especializada e adequada para garantir sobrevivência do paciente e reduzir a incidência de sequelas.
Os exames para diagnóstico mais avançados são a angiotomografia e a angioressonância, que investigarão as veias. O tratamento, segundo Miniello, dependerá do tamanho, local, comorbidades do paciente, aspectos do aneurismo, enfim, nuances que individualizarão cada tratamento. Normalmente, são abordagens menos ou mais invasivas, como cirurgia.
Miniello alertou que, embora a idade superior a 50 anos seja um dos fatores de risco, cada dia mais jovens estão sofrendo AVCs, como o aneurisma. Outros fatores de risco são: tabagismo, abuso de álcool e drogas, sedentarismo, hereditariedade/fatores genéticos, hipertensão, diabetes sem controle, colesterol e triglicérides elevados. Mulheres têm maior risco.
O médico orientou quando há casos na família, é ideal que se procure um médico para trabalhar na prevenção, já que os fatores genéticos são importantes. Caso seja detectado algum aneurisma, é possível fazer o tratamento antes que ele entre em estágio crítico e se rompa.
Na abertura do seminário, foi apresentado um vídeo com relato da servidora da Câmara, Ana Cláudia Paschoalin, e da própria vereadora Sirlene, ambas vítimas de aneurisma cerebral. Elas receberam o primeiro atendimento em Três Lagoas e foram transferidas para Campo Grande, onde fizeram os procedimentos para conter o aneurisma.
Sirlene também afirmou que o diagnóstico rápido fez toda a diferença na sua evolução. Ela passou por cirurgia e não ficou com nenhuma sequela.
Após a palestra, o público pode fazer perguntas, às quais o médico respondeu.
O seminário contou com a presença da vereadora Maria Diogo, assessores da vereadora Evalda Reis e do vereador Daniel da Farmácia.
Também estiveram presentes, os jovens vereadores Leonardo Alencar (da escola Sesi, apadrinhado do vereador Marcus Bazé), Maria Fernanda (da escola Fernando Corrêa, apadrinhada pelo vereador Marco Silva) e Sara Leite (escola Batista Semear, apadrinhada de Sirlene dos Santos), a qual abriu o evento apresentando uma música.

Assessoria de Comunicação

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