
Famílias mostram maior disposição para consumo e investimento, apesar de alta no endividamento e juros elevados
São Paulo, 31 de julho de 2025 – O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, alcançou, em julho, 96 pontos, mantendo estabilidade em relação a junho, e diminuindo 4% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Pelo segundo mês consecutivo, a confiança do consumidor registrou estabilidade, mantendo o INC no campo pessimista (abaixo de 100 pontos).
A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.679 famílias, em nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.
Em termos regionais, os resultados foram heterogêneos, com ausência de variação da confiança na região Sudeste, redução para as famílias do Norte e Sul e aumento para as residentes no Nordeste e Centro-Oeste.
No caso das classes socioeconômicas, os resultados também foram mistos, com queda do índice para as classes AB e C, e aumento para os consumidores da DE.
Houve leve piora da percepção das famílias, principalmente em relação à situação financeira atual, mas as expectativas futuras de renda e emprego apresentaram moderada melhora em relação ao mês anterior, com aumento da segurança no emprego, contribuindo para a estabilidade do índice.
A melhora das expectativas futuras resultou em maior disposição a comprar itens de maior valor, tais como carro e casa; e bens duráveis, a exemplo de geladeira e fogão, geralmente financiados com crédito. A propensão a investir para o futuro também apresentou aumento.
Em síntese, o INC de julho mostrou estabilidade na comparação mensal, embora continue caindo em termos interanuais. Em todo caso, o índice permanece no campo pessimista.
Segundo o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, “a atividade econômica e o emprego ainda mantêm certa resiliência, o que, unido ao novo consignado e outras transferências de renda governamentais, sustentam o ânimo e o consumo das famílias.
Porém, o alto grau de endividamento das famílias e os efeitos negativos das altas taxas de juros sobre a atividade econômica, que já começam a ser sentidos, poderão gerar diminuição da confiança do consumidor ao longo dos próximos meses”.
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Cesar Bruneli
