Foto: EBC/Google
Estado conecta 100% das escolas públicas estaduais e se consolida como referência nacional em inovação, equidade e uso pedagógico da tecnologia
O Estado de Goiás atingiu um marco histórico ao universalizar a conectividade de internet em todas as 969 escolas públicas estaduais.
O feito, registrado pelo Censo Escolar 2024, coloca o estado entre os primeiros do país a atingir essa meta e reforça sua posição como referência em políticas públicas voltadas à educação digital.
A aceleração do investimento em conectividade teve início ainda durante o período da pandemia da Covid-19 (2020 e 2021) e foi impulsionada por um grande projeto que, além do investimento em internet de alta velocidade nas unidades escolares, incluiu a aquisição e distribuição de equipamentos para professores e estudantes.
“Conectar toda a rede estadual significa dar um passo decisivo em direção à equidade de oportunidades. Mas não vamos parar por aqui: nosso próximo compromisso é ampliar o Wi-Fi em todas as salas de aula e garantir dispositivos suficientes para todos os estudantes do nosso estado”, afirma o governador Ronaldo Caiado, destacando o papel estratégico do investimento público na educação.
Desde 2021, o governo estadual já investiu quase R$ 1 bilhão na modernização da rede de ensino, impactando diretamente 544 mil alunos e mais de 20 mil professores, incluindo escolas localizadas em comunidades indígenas, quilombolas e assentamentos rurais.
Foram entregues notebooks para todos os professores da rede e repassados aos estudantes de todo o ensino médio e do 9º ano do ensino fundamental Chromebooks conectados à inteligência artificial para melhorar o ensino-aprendizagem.
Além de garantir conectividade nos centros urbanos, onde o acesso à tecnologia é mais facilitado, alunos de zonas rurais também passaram a desenvolver suas habilidades digitais, a partir de conteúdos educativos interativos e videoaulas, reduzindo a lacuna tecnológica de aprendizado em um mundo cada vez mais digitalizado.
Essa foi a primeira etapa de um projeto mais ambicioso.
A próxima fase é garantir computadores, notebooks e tablets em número suficiente para todos os estudantes, além de ampliar a rede Wi-Fi.
“Estamos comprometidos com a continuidade dessa pauta. O caminho não termina na conectividade: é preciso garantir que essa rede se transforme efetivamente em aprendizagem e oportunidades”, destaca a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli.
Ela assegura que os resultados confirmam que a conectividade é só o começo “Vamos seguir investindo na formação dos professores, na entrega de dispositivos, na ampliação da qualidade da internet, sempre com o uso eficiente dos recursos públicos”.
Políticas estruturantes para o futuro
A universalização da conectividade é resultado de uma jornada iniciada em 2021, a superintendência de tecnologia da Seduc Goiás em meio a pandemia da Covid-19 iniciou o processo de aquisição de equipamentos e com o objetivo de conseguir resolver problemas que existiam a tempo na rede estadual.
A partir daí forma adquiridos notebooks para todos os professores, chromebooks para os estudantes e garantir internet de alta velocidade nas unidades escolares.
As parcerias foram importantes para acelerar a digitalização do estado, entre as entidades parceiras pode-se citar a estabelecida com a organização sem fins lucrativos MegaEdu.
A instituição foi fundamental para apoiar a Secretaria de Educação com diagnósticos detalhados, planos personalizados de conectividade e apoio técnico, garantindo que cada escola encontrasse a solução mais adequada à sua realidade.
“Ver Goiás alcançar a universalização da conectividade é uma conquista que nos inspira. É resultado de um trabalho técnico, colaborativo e comprometido com soluções reais que impactam a vida dos alunos e professores”, reforça Cristieni Castilhos, cofundadora e CEO da MegaEdu.
O projeto de conectividade começou com o Conectar Goiás, um programa criado pelo Governo do Estado para garantir que todas as escolas públicas estaduais tivessem acesso à internet de alta velocidade e qualidade.
A partir dessa base, o estado estruturou iniciativas como o GoiásTec, que leva ensino médio mediado por tecnologia a comunidades remotas, e a Jornada para o Futuro, com cursos em Inteligência Artificial e Desenvolvimento Web, preparando jovens para as profissões digitais.
“A tecnologia serve para levar facilidade e oportunidade. Vamos mudar uma geração de jovens, implantando o que existe de melhor e gerando possibilidade de crescimento da renda e da melhoria da qualidade de vida da população. Queremos dar condições para que Goiás seja referência em cidadania”, completou o governador.
Goiás como referência nacional Além de já contar com 61 mil dispositivos — um aumento de 54% em relação a 2022 —, Goiás foi pioneiro ao entregar notebooks individuais para 100% dos professores, implantar laboratórios móveis de Chromebooks em todas as escolas e regulamentar o uso pedagógico dos celulares em sala de aula.
Ações como essas geram impactos positivos no cotidiano das escolas, onde alunos e professores vivenciam novas possibilidades de aprendizagem e inclusão digital.
Foi assim na rotina do Cepi Dom Pedro II. “O processo digital facilitou muito nosso trabalho e despertou mais interesse dos alunos. Hoje eles participam mais, estão mais motivados”, afirma o professor Dhesy Allax Freitas, que há 14 anos leciona Ciências e Biologia na escola.
Ele comenta como as novas tecnologias já fazem parte da vida dos alunos: “Trazer essas tecnologias para a sala de aula é nos aproximar desse público mais jovem. E é nosso papel fazer com que a educação deles evolua junto”, destaca.
Beatriz Souza Silva, de 17 anos, aluna do 3º ano do ensino médio, relata que, mesmo tendo um notebook em casa, só aprendeu a usar ferramentas importantes para estudos e trabalho quando passou a acessar computadores na escola.
Se antes ela utilizava o notebook principalmente para jogar, agora é capaz de criar apresentações de slides e buscar na internet fontes confiáveis de informação.
Um dos aplicativos mais utilizados pelos alunos do 3º ano é o Letrus, capaz de corrigir redações em segundos por meio de inteligência artificial, apontando erros de gramática e sugerindo melhorias na argumentação.
“No final, o aplicativo te mostra a nota que você tiraria se fosse a redação do Enem”, conta Beatriz, que diz ter melhorado bastante sua habilidade de escrita.
A professora de Língua Portuguesa e coordenadora da área de Linguagens e suas Tecnologias, Luciene Cristina de Assis, comenta que o uso pedagógico do aplicativo engajou os alunos nas aulas de redação.
“Virou uma espécie de competição entre as turmas, porque abro para eles as notas por sala. Eles falam: ‘a nossa sala tem que ter a maior pontuação’. Me pedem até para reescrever, porque querem melhorar a nota”, relata, rindo.
Impacto real na vida escolar
A conectividade não mudou apenas dados estatísticos, mas realidades dentro das escolas.
No Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Dom Pedro II, localizado em Caldas Novas (GO), a 170 km da capital Goiânia, o local antes marcado por baixos índices de rendimento deu lugar a alunos que hoje são condecorados por suas conquistas e redescobrem o prazer de aprender.
A ex-aluna Maurielle Machado, vencedora de medalhas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e aprovada em Física na Universidade Federal de Catalão (UFCAT), conta que as aulas mediadas por tecnologia e o acesso a recursos digitais foram decisivos em sua trajetória.
“A gente utilizava, por exemplo, o site da NASA, que é uma fonte confiável para falar de astronomia; aplicativos que simulavam a abóbada celeste, que nos permitiam estudar as constelações, as posições dos planetas, as fases da Lua; aplicativos em que conseguíamos acompanhar fenômenos que estavam acontecendo em tempo real perto da Terra”, relata.
A turma também tinha acesso a óculos de realidade virtual: “Eram experiências em primeira pessoa, com imagens bem precisas em 3D. Vimos a Lua como se estivéssemos ali, e o Sol no espaço”, explica a aluna.
Ela conta que participou da eletiva de Astronomia três vezes porque a professora Eliane sempre renova o conteúdo e, em uma delas, aprendeu um tema pelo qual se apaixonou: a astrofotografia.
Sobre a MegaEdu – Organização da Sociedade Civil, sem fins lucrativos, tem a missão de contribuir com a conexão de todas as escolas públicas do país à internet de qualidade.
O objetivo é gerar mais equidade e oportunidades na educação pública através do Uso pedagógico e administrativo, em sala de aula e na escola.
Desde sua criação, a organização apoiou mais de 13 mil escolas com planos de conectividade gratuitos, impactando diretamente mais de 5 milhões de estudantes.
Saiba mais em www.megaedu.org.br.
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