O Brasil atingiu um marco histórico no número de pessoas que se identificam como evangélicas: de acordo com os dados mais recentes do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 26,9% da população brasileira declarou seguir a fé evangélica. Em comparação com 2010, quando esse percentual era de 21,7%, houve um aumento de 5,2 pontos percentuais ao longo de 12 anos.
Em Água Clara-MS, os católicos continuam a maioria com 50,89 %, mas perderam espaço para os evangélicos, que hoje somam 37,12%. Nas cidades, as outras religiões não atinge 1%: espíritas são 0,46% e umbanda/candomblé, 18%.
Em contrapartida, o número de católicos apresentou queda no mesmo período, passando de 65% para 56,7% da população — uma redução de 8,3 pontos percentuais.
A presença evangélica é mais expressiva nas regiões Norte (36,8%) e Centro-Oeste (31,4%). Em 58 municípios, os evangélicos já representam a maioria da população com 10 anos ou mais. Cidades com forte influência de comunidades de origem alemã ou pomerana, como Arroio do Padre (RS), Arabutã (SC) e Santa Maria de Jetibá (ES), estão entre as que apresentam os maiores percentuais.
Ao todo, o IBGE identificou 244 municípios onde os evangélicos são o principal grupo religioso. Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, Manacapuru (AM) lidera com 51,8% de seus moradores se declarando evangélicos.
Em relação à cor ou raça, a maior parte dos fiéis evangélicos se declara parda (49,1%), seguida por brancos (38%), pretos (12%), indígenas (0,7%) e amarelos (0,2%). Quanto ao nível de escolaridade, o grupo mais numeroso é o que concluiu o ensino médio ou iniciou o ensino superior, mas não o completou (35,2%).
João Maria Vicente, com R7
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