O governo federal estuda retomar o horário de verão a partir de 2025, medida que havia sido descontinuada em 2019. A possibilidade voltou à pauta por causa da crescente demanda por eletricidade e das preocupações com a capacidade do sistema nacional de suprir esse aumento, segundo informações do Diário do Comércio.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o risco de sobrecarga torna necessário buscar novas alternativas para equilibrar geração e consumo, sobretudo nos momentos de pico. O Plano de Operação Energética (PEN) 2025, divulgado pelo órgão, destaca que ainda não existe uma decisão definitiva.
Especialistas do setor energético defendem que adiantar os relógios poderia aliviar a pressão sobre a rede, deslocando os horários de maior consumo e evitando o acionamento de usinas termelétricas — solução mais cara e poluente. A medida também aproveitaria melhor a luz natural, ajudando a reduzir custos e a preservar os reservatórios das hidrelétricas, especialmente em períodos de seca.
O avanço de fontes renováveis, como a energia solar e a eólica, é outro fator levado em conta. Embora cresçam na matriz elétrica, essas fontes são intermitentes e não cobrem totalmente a demanda noturna. O horário de verão é visto como um complemento às políticas de diversificação energética.
A discussão não é exclusiva do Brasil. Na União Europeia, por exemplo, a mudança de hora acontece no último domingo de março e de outubro, prática historicamente ligada à economia de energia e ao melhor aproveitamento da luz solar. Embora hoje o impacto seja menor, a ideia tem raízes antigas: Benjamin Franklin já a sugeria no século XVIII para economizar velas e óleo. Ela ganhou força na Primeira Guerra Mundial e se consolidou após a crise energética dos anos 1970.
No Brasil, a adoção do horário de verão perdurou por décadas até ser suspensa em 2019, quando estudos indicaram que a economia obtida já não compensava os efeitos sobre a saúde da população
Fonte – DCM
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