O pesadelo fica ainda pior diante do fato que levou a mulher a procurar a delegacia
Foto: Reprodução/TV Globo
Um erro da polícia do Rio de Janeiro levou uma mulher de 42 anos a ficar presa por três dias por um crime que não cometeu.
O pesadelo fica ainda pior diante do fato que levou a mulher a procurar a delegacia. Debora Cristina da Silva Damaceno sofreu uma agressão do marido e foi até a delegacia denunciar o crime e pedir proteção, mas, ao se identificar, os policiais lhe deram voz de prisão, dizendo que ela era foragida de um crime cometido em Minas Gerais.
Débora foi confundida com uma outra mulher que é procurada pela Justiça mineira por tráfico de drogas e associação criminosa.
Só que Debora nunca foi a Minas Gerais, mas tem o nome parecido com o nome da foragida da Justiça. Ela se chama Debora Cristina da Silva Damaceno e a procurada se chama Debora Cristina Damaceno, sem o “da Silva”, que a vítima do engano traz em seu nome.
O registro de ocorrência indica que Debora chegou machucada à delegacia e, mesmo assim, recebeu voz de prisão. Ela conta que tentou explicar a confusão, mas não foi ouvida.
A filiação e o endereço das duas mulheres eram diferentes. A procurada é de Belo Horizonte e o mandado de prisão foi expedido em MG, e não no RJ, onde vive Débora da Silva.
A procurada é ainda oito anos mais jovem do que Débora.
Somente na audiência de custódia, a Justiça finalmente identificou o erro e mandou soltar Debora da Silva.
Por causa da burocracia, somente três dias depois de ser presa, a vítima deixou a cadeia, no Rio de Janeiro, às 18h da terça-feira (18) e foi acolhida pelo filho.
Após esclarecida a confusão e a soltura de Debora, a polícia civil informou que a denúncia feita pela vítima contra as agressões do marido estão em investigação.
Reportagem, Max Gonçalves