*Por Thiago Savian
O consórcio tem se tornado uma alternativa cada vez mais atrativa para os brasileiros que querem conquistar seus sonhos de consumo ou fazer investimentos sem enfrentar os altos juros.
Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), em 2024 foram vendidos R$378 bilhões em créditos, o número de pessoas ativas nesse sistema passou de 11,2 milhões e já foram realizadas cerca de 1,7 milhão de contemplações.
Isso mostra que o consórcio não só está crescendo em número de participantes, mas também na quantidade de pessoas que conseguem realizar seus objetivos por meio dessa modalidade, tornando-se uma opção segura e bem planejada.
E os resultados mantiveram o ritmo acelerado em 2025.O ticket médio subiu 16,6%, atingindo a marca de R$ 97,6 mil, e o volume de créditos comercializados avançou 23,6%, chegando a R$186,55 bilhões.
Já o número de consorciados ativos atingiu 11,73 milhões, evolução de 10,8% sobre 2024. Esse cenário demonstra que o consórcio está alcançando novos patamares e tem se tornado uma referência na organização financeira das famílias.
Um dos principais motivos que estão levando os brasileiros a aderirem ao consórcio é o elevado custo dos financiamentos tradicionais, sobretudo em contextos de juros elevados, com a Selic em 15% e, com expectativa, de mais uma alta.
Além disso, trata-se de uma ferramenta eficaz de planejamento financeiro: permite parcelar a aquisição de bens ou serviços com disciplina, sem endividamento acelerado.
Outro ponto a ser considerado é que a diversificação dos setores do consórcio faz com que o público se aproxime dessa modalidade.
Enquanto os planos de veículos leves lideram em número de consorciados, os de imóveis, eletroeletrônicos e serviços registraram crescimento significativo.
Entre janeiro e abril de 2025, as adesões voltadas a imóveis registraram alta de 41%, e as de eletrônicos e bens duráveis dispararam 119,5%.
Isso mostra que essa modalidade ganha abrangência e oferece soluções a diversos perfis e necessidades.
Além disso, o consórcio estimula a disciplina orçamentária e o hábito de poupar com propósito.
Ao longo do tempo, o modelo instrumentaliza o consumidor a se comprometer com um objetivo claro — seja um bem de valor elevado, uma reforma ou um serviço — sem recorrer a crédito com juros.
Dessa forma, a previsibilidade das parcelas, combinada à possibilidade de antecipação via lance, oferece flexibilidade e autonomia financeira.
Por fim, vale concluir que a crescente adesão dos brasileiros ao consórcio reflete uma combinação de fatores: juros altos das outras modalidades financeiras, aconselhamento em educação financeira, diversificação de ofertas, estabilidade econômica relativa e necessidade de planejamento consciente dos gastos.
Com recordes expressivos em vendas, contemplações, ativos e relevância econômica, o consórcio consolida-se como uma das alternativas mais sólidas e planejadas de aquisição no Brasil contemporâneo.
*Thiago Savian é Diretor Comercial da Unifisa, empresa brasileira de soluções financeiras, especializada em consórcio.
