Suzano utiliza gravadores de som e DNA ambiental em iniciativa pioneira de monitoramento da biodiversidade em MS

  • Estudo inédito combina análises genéticas, inteligência artificial e gravações acústicas para mapear espécies e apoiar a criação de corredores ecológicos no Cerrado;
  • Ao todo, foram monitorados 176 pontos ao longo de uma área de estudo de mais de 400 km do traçado planejado para o corredor.

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos a partir do eucalipto, em parceria com Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), está conduzindo um estudo inédito de monitoramento da biodiversidade em Mato Grosso do Sul. A iniciativa utiliza metodologias pioneiras no estado, como gravações acústicas automatizadas e análises de DNA ambiental (eDNA) – que empregam moscas e mosquitos para a coleta de materiais genéticos – combinadas a recursos de inteligência artificial para identificar espécies da fauna regional e espécies migratórias no Cerrado de Mato Grosso do Sul. O objetivo é mapear a presença e a diversidade de diferentes grupos de animais silvestres, formando um retrato detalhado dos ecossistemas da região.

“O uso de tecnologias como gravadores acústicos autônomos e análises de DNA ambiental (eDNA), coletados por meio do material genético encontrado em moscas e mosquitos torna essa iniciativa pioneira no monitoramento da biodiversidade do Cerrado. Ao adotarmos diferentes metodologias, geramos informações inéditas sobre a fauna local, que serão fundamentais para mostrar a funcionalidade dos corredores ecológicos, essenciais para conectar fragmentos de vegetação nativa e restaurar áreas degradadas. A ação reforça o compromisso da Suzano com a proteção do Cerrado e com a conservação desseque é um dos biomas mais ricos e importantes do país, o Cerrado, e toda a sua rica fauna”, ressalta Beatriz Barcellos Lyra, coordenadora de Sustentabilidade da Suzano.

Os resultados do programa foram divulgados no segundo semestre deste ano, após minuciosa análise de todos dos materiais coletados em campo, e já chamam a atenção. Embora o estudo siga em andamento até o final de 2025, já foram identificadas 207 espécies de animais silvestres, sendo 194 aves, 10 anfíbios e 3 mamíferos. O número representa aproximadamente 40% da biodiversidade prevista para a região, segundo dados do Sistema Global de Informações sobre Biodiversidade (GBIF).

Para chegar ao resultado, as equipes analisaram dados coletados em cerca de 400 quilômetros do Cerrado, abrangendo áreas próprias da Suzano e propriedades de terceiros. Ao todo, foram monitorados 176 pontos ao longo da área de estudo, dos quais 79 receberam, simultaneamente, gravadores acústicos e armadilhas para mosquitos e coleta de DNA ambiental (iDNA) –, enquanto os demais foram amostrados apenas com gravadores.

Os dispositivos permaneceram ativos por 15 dias consecutivos, registrando sons da fauna local em intervalos programados, o que permitiu reunir um volume de 2.160 minutos gravados por ponto de amostragem. Combinando inteligência artificial e o modelo BirdNET, as gravações permitem identificar sons de aves, mamíferos, anfíbios, insetos e até cigarras, produzindo um mapeamento detalhado da presença e da diversidade das espécies.

Paralelamente, foram instaladas armadilhas confeccionadas com garrafas PET e tubos tipo Falcon – próprios para armazenamento de amostras biológicas – iscadas com carne bovina para atrair moscas por quatro dias. Estes insetos funcionam como “amostras vivas” de DNA, e, após a captura, foram armazenados em condições controladas e enviados para a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde passam por análises genéticas para identificar as espécies presentes na área.

Espécies identificadas

O monitoramento acústico identificou diversas espécies representativas do Cerrado, destacando-se a inambu-galinha (Crypturellus undulatus), a corujinha-do-mato (Megascops choliba) e o papa-formigas-amarelo (Myiothlypis flaveola). Entre as espécies de maior relevância para conservação, foi registrado o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) em mais de 20 pontos, o mutum-de-penacho (Crax fasciolata) em 17 locais próximos a rios, além de espécies endêmicas como o chupa-dente-do-planalto (Thamnophilus pelzelni) e o chorozinho-de-asa-branca (Basileuterus leucophrys).

Até o momento, o estudo ainda detectou alta ocorrência de marsupiais, como a cuíca (Gracilinanus agilis) e o gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), além da anta (Tapirus terrestris) em 22 pontos e primatas como o macaco-prego-do-papo-amarelo (Sapajus cay) e o bugio-preto (Alouatta caraya). Também foram registrados canídeos como o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e a raposinha-do-campo (Lycalopex vetulus), além de uma jaguatirica (Leopardus pardalis), o tamanduá-bandeira (Tamandua tetradactyla) e o cateto (Dicotyles tajacu).

Corredores Ecológicos

Formado por vegetação nativa e áreas de manejo sustentável que integram espécies nativas com culturas agrícolas, os corredores ecológicos permitem unir áreas de preservação ou unidades de conservação antes isoladas. Essa conexão, além de contribuir diretamente com a circulação segura de animais silvestres de uma área a outra, favorece a recuperação gradual da funcionalidade dos biomas. Desde 2021, quando anunciou a meta de conectar 500 mil hectares de áreas prioritárias nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia até 2030, a empresa conectou mais de 157 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa nos três biomas por todo o país.

“A Suzano tem o compromisso de atuar de forma sustentável, com uma política rigorosa de zero desmatamento e práticas de manejo responsável em suas operações florestais. Além disso, a empresa possui ações voltadas especificamente para a restauração ecológica, fortalecidas pela criação dos corredores ecológicos dentro e fora das áreas da Suzano. Essas iniciativas reforçam nosso papel na conservação da biodiversidade”, acrescenta Beatriz.

Em Mato Grosso do Sul, a companhia mantém 1,136 milhão de hectares de áreas florestais, dos quais 327 mil hectares são destinados exclusivamente à conservação da biodiversidade, incluindo áreas de proteção permanente e remanescentes de vegetação nativa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

Assessoria de Comunicação

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