Em todo o mundo, 733 milhões de pessoas enfrentam fome ou desnutrição crônica, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO).
No Brasil, uma das iniciativas para promover a segurança alimentar e a melhoria de qualidade de vida das famílias em situação de vulnerabilidade, é o Mais Social, do Governo de Mato Grosso do Sul, programa estruturante que passou a ir atrás de quem mais precisa.
Dentro do projeto ambicioso de fazer de Mato Grosso do Sul o 1º estado do País a erradicar a extrema pobreza, a Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) deu início no dia 17 de março de 2025 à busca ativa de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e sem nenhum programa social, nem do governo federal e nem do governo do Estado.
Desde então, 4.226 foram incluídas no Mais Social por meio da busca ativa, que continua sendo realizada nos 79 municípios sul-mato-grossenses.
Jocimara com o cartão do Mais Social (foto: Laucymara Ayala Ajala)
No município de Bonito, Josimara Nunes foi surpreendida pela visita de um servidor do programa e já recebeu o cartão de R$ 450 mensais para a compra de alimentos, produtos de limpeza e higiene e gás de cozinha.
Mãe solo, ela não consegue um emprego fixo porque precisa constantemente levar o filho com deficiência intelectual para fazer tratamento em Campo Grande, a 265 quilômetros de distância.
“Um dia, nem esperava, veio um rapaz muito simpático, fez um ótimo trabalho. Ele falou que eu tinha muita chance de ganhar (o benefício). Fiquei muito feliz porque sou mãe solteira. Tenho um filho de 14 anos que tem problema, tenho sempre que estar se deslocando para Campo Grande com ele”, conta.
Segundo ela, a ajuda é importante para garantir qualidade de vida e a segurança de que não vai faltar comida na mesa. “Hoje, eu não tenho salário. Meu filho está em tratamento. Estou tentando ajudá-lo porque serviço fixo não dá para ter por causa dele. Tenho que estar levando para Campo Grande, tem que levar no psicólogo e hoje estou desempregada. Eu faço diária. É o que está me ajudando. Ele tem pai, mas o pai não paga pensão”. Geovana e seu bebê Beneficiária Larissa Camargo (fotos: Laucymara Ayala Ajala)
Outra a receber o cartão do Mais Social após a busca ativa foi Geovana Cardoso, que é mãe solteira de um bebê de 5 meses e faz diárias para garantir o sustento.
“Agora tenho mais segurança de que não vai faltar nada lá em casa”, afirma.
Já Larissa Camargo tem uma filha de 1 ano e 2 meses. O cartão chegou quando ela mais precisava.
“Vai ser muito importante porque meu marido trabalha na diária. Não tem salário fixo. Vai me ajudar. Eles foram ali fazer visita para minha casa. Demorou assim, 1 ou 2 meses. A mulher do Mais Social falou que tinha que ver quem tinha direito de receber o benefício. Aí chegou a mensagem para vir pegar meu cartão, bem na hora que eu mais precisava. Vou poder comprar fralda, leite e fruta, para a minha nenê, porque ela já come”, conta.
A equipe do Mais Social também percorre a área rural, onde encontrou Noemis Matos Silva. Ela mora com esposo no assentamento Guaicurus, a 65 quilômetros da área urbana de Bonito.
“Foram lá, fizeram uma visita pra gente. A gente fez uma fichinha. Aí eu vim aqui e fiz o cadastramento. Foi uma surpresa agradável. Eu gostei muito”, explica.
Noemis mora em um sítio e foi encontrada na busca ativa da Sead (foto: Laucymara Ayala Ajala)
“Vai ser bom porque a gente mora no sítio. Aí depende das coisinhas para a gente viver. Vai ser uma renda a mais, para a gente poder fazer uma comprinha. Vai ajudar muito”, finaliza.
Paulo Fernandes, Comunicação Sead
Foto de capa: Monique Alves/Sead
Internas: Laucymara Ayala Ajala/Sead