
Personagem troca os golpes e ambições pela rotina assalariada nos capítulos finais da novela
Prevista para terminar nesta sexta-feira (17), Vale Tudo entra em seus capítulos finais centrada nas consequências da morte de Odete Roitman (Debora Bloch). No entanto, outro enredo tem ganhado destaque nas redes sociais: a virada de Maria de Fátima (Bella Campos), que, após uma série de esquemas frustrados para enriquecer, acabou se rendendo à vida de carteira assinada.
Nos últimos episódios, a filha de Raquel (Taís Araújo) até tentou conquistar um emprego “à sua altura”, mas recebeu uma sequência de negativas. Sem alternativas, acabou aceitando, à contragosto, o cargo de atendente em uma padaria para conseguir se sustentar.
A reviravolta de Maria de Fátima em Vale Tudo
Desde o início da trama, Maria de Fátima faz jus ao título da novela. Ambiciosa, ela vendeu a casa da própria mãe às escondidas para fugir para o Rio de Janeiro em busca de uma vida luxuosa.
Ao longo da história, seu principal objetivo foi conquistar um marido rico e aplicar golpes ao lado do cúmplice e amante César (Cauã Reymond). Em parceria com Odete, ela chega a investir em um relacionamento com Afonso (Humberto Carrão), com quem se casa.
No entanto, o plano desmorona quando Afonso descobre a traição. Como o casamento não previa divisão de bens, Maria de Fátima sai da relação sem nada. Ainda assim, ela insiste em encurtar o caminho até a fortuna, chegando a chantagear Odete após descobrir que Leonardo (Guilherme Magon), filho da empresária dado como morto, está vivo.
Mas o esquema vai por água abaixo com a revelação do mistério e a morte de Odete Roitman. Sem opções, Maria de Fátima decide aceitar um emprego formal e tentar recomeçar.
O que muda com o regime CLT adotado pela personagem
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é o principal conjunto de normas que regula as relações de emprego no Brasil, garantindo condições justas tanto para trabalhadores quanto para empregadores.
Com a carteira assinada, o trabalhador passa a contar com uma série de direitos que garantem mais segurança e estabilidade no emprego. Entre os principais estão:
- Férias remuneradas: período de descanso anual com pagamento correspondente ao salário.
- 13º salário: gratificação de fim de ano equivalente a um salário mensal.
- Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS): depósito mensal feito pelo empregador em uma conta vinculada, que pode ser sacado em situações específicas, como demissão sem justa causa.
- Descanso semanal: direito a pelo menos um dia de folga por semana.
- Horas extras: remuneração adicional pelo trabalho realizado além da jornada prevista em contrato.
Já em relação aos benefícios, os mais comuns incluem o vale-alimentação (VA) e o vale-refeição (VR), que ajudam a cobrir despesas com alimentação. Além disso, muitas empresas oferecem vale-transporte, plano de saúde e outros auxílios.
A CLT também garante direitos em casos de desligamento sem justa causa, além de assegurar licenças e afastamentos em situações específicas, oferecendo proteção ao trabalhador. Entre os principais benefícios estão:
- Aviso prévio: período de notificação antes da rescisão do contrato, garantindo tempo para reorganização profissional.
- Saque do FGTS: possibilidade de retirar o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço em caso de demissão sem justa causa.
- Seguro-desemprego: benefício temporário para trabalhadores que perderam o emprego involuntariamente.
- Abono salarial: pagamento anual destinado a trabalhadores que atendem aos critérios do programa PIS/PASEP.
- Licenças e afastamentos: incluem, entre outras, licença maternidade, licença paternidade e afastamentos por saúde, acidentes ou motivos familiares.
Os descontos em folha são limitados por lei, podendo chegar a até 30% do salário, englobando contribuições como INSS, FGTS e planos opcionais.
Quais benefícios Maria de Fátima pode utilizar?
No caso da personagem, por exemplo, a licença-maternidade pode ser útil, oferecendo suporte financeiro e estabilidade enquanto ela se prepara para a chegada do bebê.
Além disso, a CLT garante que a gestante tenha estabilidade no emprego durante todo o período de gravidez. Isso significa que, desde a confirmação da gestação até cinco meses após o parto, a trabalhadora não pode ser demitida sem justa causa.
A licença-maternidade, que tem duração mínima de 120 dias, permite que a mãe possa se dedicar aos primeiros meses do bebê com segurança, sem comprometer o vínculo empregatício.
A nova vida dificilmente realizará o sonho de Maria de Fátima de se tornar milionária. Por outro lado, pode representar uma oportunidade de paz e redenção após uma trajetória marcada por golpes, traições e reviravoltas.
Allan Santana – Assessor de Imprensa
Foto – Reprodução/TV Globo